OCIOSA*
Duas e meia:
nada de novo no ar.
Deitada no chão da tarde vazia
aguardava a azia
do almoço indigesto.
Pseudo mordomia
de um repouso funesto.
Seis e meia:
desafinados bocejos
ecoam na recém chegada escuridão.
Vozes na televisão
que nunca se desliga
perturbam a viagem da mão
ao redor da obesa barriga.
Duas e meia:
nada de novo no ar.
Deitada no chão da tarde vazia
aguardava a azia
do almoço indigesto.
Pseudo mordomia
de um repouso funesto.
Seis e meia:
desafinados bocejos
ecoam na recém chegada escuridão.
Vozes na televisão
que nunca se desliga
perturbam a viagem da mão
ao redor da obesa barriga.
*Releitura de Ócio, publicado no livro Inverno e outros poemas
Perfeita combinação título - poema!
ResponderExcluirMe veio à mente:
barriga cheia, mente vazia...
e coração?
Nem sabia...
Excelente construção poética, querido!
Ótima semana pra ti!