"As palavras vão saindo assim.Eu não as escrevo, elas já são assim:escapulidas de mim..."

terça-feira, 17 de maio de 2011


EXISTÊNCIA*

Despenco em mim:
infindável precipício.
Um eco outrora excitante
rebate berrante
e vai embora.
Sou agora, gora, ora...

Ser
mesmo sem crer:
vive-se sem perceber.
Não insisto
nem desisto:
existo.


*Publicado no livro Inverno e outros poemas

Um comentário:

  1. Olá Ricardo, que tudo esteja bem contigo!
    Belo e profundo poema, um dos que sempre que lemos, ao término nos faz pensar nos precipícios que criamos, em nossa existência,porém nem sempre despencamos abaixo em todos, alguns ficamos bem a beira somente experimentando e analisando o que seria!
    Muito bom passar por aqui e ler teus sentimentos expressos em belas palavras versadas, em poema!
    Desejo a você e todos ao redor intensa felicidade, e grande abraço e até mais!

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