"As palavras vão saindo assim.Eu não as escrevo, elas já são assim:escapulidas de mim..."

quarta-feira, 30 de junho de 2010


JANELA ÍNTIMA*

As lentes desnudam ao longe
relapsas intimidades
geradoras de curiosidades
íntimas do observador.

Um nu revelador
com passos; compassos
produzem um forçado passear
à procura de mínimos gestos.

A mulher alisando o próprio corpo
aveluda seus meios,
causa espanto a olhares alheios,
masturba-se com perfeição.

A mulher com o sexo aveludado
mata qualquer homem de tesão.

*Releitura do poema Janela Íntima publicado no livro Inverno e outros poemas

terça-feira, 22 de junho de 2010


LINHA

Uma
palavra
sozinha
cabe
em
cada
linha.

Uma
linha
sozinha
cabe
em
cada
verso.

Um
verso
linha:
cada
palavra
cabe
sozinha...

quarta-feira, 16 de junho de 2010


BEIJO*

Um trote de língua
devaneio na tua boca
o hálito sabor implora
a saliva que mingua
nessa sede louca
de tesão que afora.

*Releitura do poema Sede Louca publicado na coletânea Poéticas Mentes e Recanto das Letras

quarta-feira, 9 de junho de 2010


SOLIDÃO*

Vozes do além
conspiram,atentam
contra a monotonia
(falsidade de paz)
encruada num interior
melancolia.

Tais sussurros
ardem os ouvidos
queimando desejos
soturnos e proibidos,
turvos idos,
jamais vividos

e(muito menos)
divididos.

*Publicado no livro A Mentecapta

sábado, 5 de junho de 2010


VIDA*

Gotejo
pingo emoções
à procura
de uma aventura
escondida.

Farejo
novas sensações
na loucura
que perdura:
é a vida.

*Publicado no livro Inverno e outros poemas